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20º Domingo do Tempo Comum – 2022


Domingo, 14 de agosto

Assim disse Jesus: “Eu sou o príncipe da paz!” Mas no evangelho de Lucas, Jesus disse que não veio somente trazer a paz, mas também a divisão.

Jesus, neste trecho, está querendo se referir a uma atitude que é típica da coerência da fé. Jesus também disse que veio trazer fogo à Terra, ou seja, o fogo do Espírito Santo.

Deus, no antigo testamento, se manifestava através do fogo – Moisés, no Monte Sinai, vê uma sarça pegando fogo e que não se consumia, essa sarça era Deus dizendo a Ele: “Moisés tire suas sandálias, pois este lugar onde está pisando é sagrado.”

Muitas vezes, quando rezamos, acendemos uma vela, significa que o fogo simboliza a presença de Deus e a nossa fé. A fé é uma adesão a uma pessoa, a pessoa de Cristo.

Jesus quer que o fogo do Espirito Santo acendesse os corações dos homens e mulheres da humanidade para que fossem transformados. Porque o fogo purifica, assim como a prata e o ouro que, ao serem provados e derretidos pelo fogo, suas impurezas são eliminadas.

Assim também é o ser-humano, o ser-humano precisa passar pelo fogo da purificação para ser tornar autêntico. O que Jesus Cristo está preocupado aqui é, qual é a autenticidade da nossa fé, como por exemplo, darmos valor àquilo que Deus nos confiou.

Nós cristãos não podemos colocar os pés em duas barcas, ou seja, não podemos compactuar com os valores mundanos e ao mesmo tempo crer nos ensinamentos do evangelho. Devemos decidir por qual caminho seguir.

E, logo em seguida, Jesus diz: “Devo receber um batismo!” O batismo que Ele se refere é o batismo de sangue que receberá na Cruz.

Na doutrina católica existem três tipos de batismo: O batismo da água, o batismo de sangue e o batismo de desejo.

O batismo da água é o mais comum, é quando, no dia do nosso batismo, somos mergulhados na água ou quando se jorra água sobre nossas cabeças.

O batismo de sangue foi dado aos cristãos-mártires no início do cristianismo onde muitos deles, que ainda não eram batizados, recebiam o batismo após suas mortes.

O batismo de desejo, é quando um filho que nasce prematuro, ou até mesmo morto, recebe o batismo de Deus por desejo de seus pais.

Jesus também vai dizer no evangelho que veio trazer a divisão. É a manifestação da verdade, pois onde acontece a verdade, pode haver divisão.

Por exemplo, muitas vezes algumas pessoas decidem se afastar da família para seguir sua fé, por conta da não aprovação de seus pais.

Temos o exemplo de Santa Suzana que, a pedido de seu tio Diocleciano –  imperador de Roma, foi prometida a se casar com um general para aquele manter relações políticas e dominar o império do oriente.

Santa Suzana, por conta de sua fé, rejeitou este pedido e por isso seu tio mandou decapitá-la. Isso prova que, muitas vezes, nossa fé é colocada em prova e que devemos tomar uma posição.

Hoje em dia, a mídia, a ideologia de gêneros, a questão do aborto e muitas outras “verdades” que o mundo nos oferece, nos leva ao senso comum das opiniões, mas que por trás disso tudo está a destruição da família, do ser-humano, do patrimônio e dos próprios filhos.

São Pedro diz em uma de suas cartas: “Estejam prontos para dar razões de sua fé!”

Hoje, na comemoração do dia dos pais, padre Manoel, em sua homilia, ressaltou que os pais têm uma missão muito importante: não deixar que escola seja a única responsável pela educação de seus filhos porque não se delega a formação de um filho, ou seja, a formação do caráter e a formação dos valores.

A experiência de um pai que testemunha sua fé a seu filho é muito mais forte do que o testemunho de uma mãe. Quando o pai leva seu filho à igreja ou quando reza com seus filhos, seu exemplo de fé é muito mais influenciador que o da mãe porque um pai coerente tem mais autoridade.

Avisos: