17º Domingo do Tempo Comum – 2021


Domingo, 25 de julho.


Sair da barca significa sair de seu próprio egoísmo, de seu individualismo, de seu fechamento e ir ao encontro do outro, ou seja, é ter misericórdia e compaixão dos necessitados, experimentando também o sofrimento do outro e assim poder auxiliá-lo com a sua caridade e compaixão. Ensinar, significa ensinar com seu próprio testemunho, foi o que Jesus fez quando teve compaixão dos necessitados. Com isso somos chamados a contagiar as pessoas com nosso testemunho, fazendo com que elas mudem de atitude a partir da nossa mudança de atitude.

Na primeira leitura, o profeta Eliseu pede ao homem de Baal-Salisa que dê de comer a cem pessoas, apenas vinte pães de cevada e trigo novo. Mesmo duvidando, o homem deu de comer à multidão e ainda sobrou, porque a lógica de Deus é diferente da lógica do homem, pois Deus é capaz de fazer mais do que imaginamos. No evangelho de hoje, Jesus ensina alimentando a multidão, o alimento necessário para que eles tenham vida em plenitude.

Neste momento, Jesus coloca os discípulos à prova para que eles exercitem a fé, assim como Deus nos coloca à prova diante das circunstâncias e histórias de nossas vidas, que mesmo no sofrimento, Deus nos deu o dom da fé para que possamos olhar a realidade com outros olhos. O Espírito Santo é como um óculos que quando enxergamos sem ele, não entendemos o significado dos acontecimentos, nós vemos o mundo de modo distorcido. Com o Espírito Santo, aquilo que para o mundo pode ser um fracasso, para nós cristãos não é.

No evangelho, a lógica de Filipe foi como a lógica humana, material, do dinheiro, quando ele duvidou que eles conseguiriam alimentar aquela multidão apenas com cinco pães e dois peixes. Sua fé se resumia em bem material, no bem lógico, diferente da lógica de Deus.
O pão simboliza tudo aquilo que sacia as necessidades do outro, pode ser fome de amor, afeto, carinho ou atenção. Por isso hoje as pessoas são tão materialistas, achando que podem comprar a felicidade através dos bens materiais. Nossas relações não podem ser pautadas pelo material, pois não podemos servir a dois senhores, a Deus  e ao dinheiro.

Para a lógica humana, pra merecermos alguma coisa, devemos ser bons, eficazes, competentes etc. Mas para Deus não é assim que funciona, pois seu amor não depende da nossa realidade.

Se você é pequenino no reino de Deus, achando que não tem estrutura intelectual, espiritual, competência, vergonha de falar em público ou de aparecer; isso não importa para Deus. O importante é que possamos usar nossos dons, qualidades e virtudes para o bem do próximo e não para nós mesmos.

Avisos:

Hoje tivemos a graça de comemoramos 37 anos de casamento do Sérgio e da Célia e 39 anos de casamento de Reinaldo e Nilza. Também tivemos presente o padre Isael Santana de Salvador que concelebrou com o padre Manoel.